Por: José Afonso.
Numa coisa concordamos quase todos. Nos tempos que correm e no que respeita à criatividade e competência para pôr no ar um programa que convirja audiências, das duas uma: ou se tem efectivamente potencial académico e artístico intrínseco, ou se plagia o vizinho do lado, tentando e/ou fazendo-se mesmo passar despercebido. Na minha terra costuma usar-se o termo "dá pa dôde".
Verdade 1:
Corria o ano de 2007, quando eu fui convidado para director musical de um projecto televisivo, de nome "Imbondeiro" - segundo reza o dicionário, "Embondeiro"/"Imbondeiro" é a mesma árvore de grande porte e comum nas "Áfricas portuguesas" -, programa esse dedicado à comemoração dos 10 anos da CPLP, cuja sinopse e/ou conteúdo foi encomendada à Cantora Celina Pereira que, como mulher da cultura de referenciados atributos, tais como, formação académica, inteligência, discernimento, capacidade comunicativa e conhecedora experiente dos assuntos temáticos relativos à produção do programa, assumiu igualmente e como autora, a apresentação do mesmo.
Verdade 2:
- O programa "Imbondeiro" foi gravado nos estúdios da Astrolábio em Alcântara, com inúmeros convidados, cito alguns: Martinho da Vila, Paulo de Carvalho, Dany Silva, André Cabaço, Couple Coffee, Don Kikas, Tonecas, etc, altas individualidades, tais como Embaixadores, artistas plásticos lusófonos e personalidades ligadas à CPLP.
Verdade 3:
- Foi emitido esse programa de 2h40m pela RTP, como comprovam os registos da própria RTP, da Astrolábio e as cópias em DVD oferecidas à Autora, Celina Pereira.
Verdade 4 (ou talvez não):
- A "promessa" da entidade "compradora" do programa, neste caso a RTP, era de, no seguimento deste primeiro "Imbondeiro", fazerem-se mais 13 episódios, de 50 minutos cada.
Verdade 5 (afinal, comprovada mentira!):
- A RTP, na pessoa da Isabel Fragata, informa à Autora Celina Pereira que, na reabertura da programação em Outubro, iriam concretizar-se os 13 episódios.
Pouca Vergonha 1:
- Passaram-se 3 anos e aparece hoje, de repente e "do nada"(?), um programa de nome - olhem a "coincidência" -, "Embondeiro", com o mesmo conteúdo, mesmo formato, mas apresentado pela Cantora Nancy Vieira.
- Pergunta-se: então a RTP não tem o direito de escolher quem bem quiser para apresentar seja o que for?
- Responde-se: Claro que sim! Reconheço à actual apresentadora os mesmos atributos, ainda que numa escala reduzida, fruto natural da diferença de idades entre ambas e efectiva experiência de vida.
Pouca Vergonha 2:
- Não seria de bom tom, de pessoas honestas, dignas e respeitadoras do próximo, terem tido pelo menos o bom senso de comunicar em primeira mão à Celina Pereira a opção tomada?
Será que a atitude seria a mesma, se tivesse a Celina Pereira não confiado na "palavra" de honra(?) dada pela RTP e tivesse registado todo o processo nas entidades defensoras dos direitos de autor? Claro que não! Infelizmente ou talvez não, nós os Cabo-verdianos, mantemos a natural ingenuidade que nos faz acreditar nas pessoas, de uma forma desligada das normas legais que devem (deviam!) fazer parte das nossas vidas, em prol do nosso bem-estar espiritual, intelectual e social.
Desabafo 1:
Sendo eu filho de boa gente, o que me orgulha e me faz dizê-lo de boca cheia, não podia deixar de expressar a minha indignação perante tal facto, ainda mais como parte integrante deste projecto "Imbondeiro". Faço-o com a total convicção da razão que me (nos) assiste, puxando sim a brasa à minha (nossa) sardinha, pois infelizmente não há coragem intelectual da outra parte em reconhecer os créditos a quem efectivamente os tem. A história do "diz que disse" é costumeira na relação humana e a todos os níveis, de algumas entidades portuguesas verso africanas, quando toca a reconhecer capacidades cerebrais aos "coitadinhos" ex-colonizados, tentando sempre passar atestados de menor valia. O síndroma do paternalismo persiste, com a certeza porém que a história futura, que prevejo muito em breve, irá pôr as coisas no seu devido sítio.
Desabafo 2:
Tenho muita honra em ser Cabo-verdiano e Português, facto esse que permite expressar-me em duas maravilhosas línguas maternas. Será que ainda não deram conta que sabemos o que sabem porque tivemos a humildade de assimilar conhecimentos, mas não sabem o que sabemos porque nunca houve essa reciprocidade? A humildade, inteligência e sabedoria do Cabo-verdiano, reside exactamente neste grande pormenor. Como vêem, a vantagem é nossa!
Não conseguir portanto distinguir a ignorância (quem ignora/não sabe) e/ou ingenuidade da burrice, essa sim, é uma atitude de seres obtusos.
Os actos praticados ficam registados nas páginas da vida.
Durmam bem(?!).
José Afonso.
Nov. 2010
P.intor pintado de golpista
O.u incapaz malabarista
U.sando capa de bom finalista
C.amuflado de galo sem crista
A.lguma gralha ele tem na vista
V.ivendo de pardal sem alpista
E.nvolvído num esquema de artista
R.ouba como bom oportunista
G.rande peça de uma "Boavista"
O.rdenadas as sementes destes "canteiros"
N.esta "estória, estória" já roubaram
H.ortas de hoje dão "embondeiros"
A.té pouca vergonha já plantaram
Zé Afonso
Nov. 2010
TIRA-SE O ELEMENTO DA VULGARIDADE, MAS NÃO SE CONSEGUE TIRAR A VULGARIDADE DO ELEMENTO.
quinta-feira, dezembro 30, 2010
domingo, dezembro 26, 2010
MAIS UMA PERDA
Mais uma perda irreparável para a nossa Música!
O autor compositor intérprete nascido na nossa Grande Ilha, de seu nome NORBERTO TAVARES, músico revolucionário assim como o foi na vida real pelo seu constante activismo social, para não dizer político… acaba de nos deixar para sempre! Isto após uma longa luta contra a doença que o afastara dos seus inúmeros fans nos últimos anos…Que a terra lhe seja leve! Na certeza de que o Homem especial parte… mas deixa-nos esse património musical valiosíssimo… que há muito faz parte da nossa História como Povo, além da meramente musical creoula.
Fonseca Soares
sexta-feira, dezembro 24, 2010
PALAVRINHAS PARA TI MEU AMIGO
Chorei quando soube.
Não pude evitar.
Não pude deixar de me lembrar da noite do fim-de-ano de 2002 no Novo Horizonte, na Ilha do Sal.
Não pude deixar de me lembrar das nossas noites de música ao vivo por esse Mindelo fora. E pela Cidade da Praia também.
Mindelo ficou mais triste sem a tua voz.
E eu, cheio de saudades tuas, mano Djoia.
Não pude evitar.
Não pude deixar de me lembrar da noite do fim-de-ano de 2002 no Novo Horizonte, na Ilha do Sal.
Não pude deixar de me lembrar das nossas noites de música ao vivo por esse Mindelo fora. E pela Cidade da Praia também.
Mindelo ficou mais triste sem a tua voz.
E eu, cheio de saudades tuas, mano Djoia.
quinta-feira, dezembro 23, 2010
sexta-feira, novembro 19, 2010
sexta-feira, novembro 05, 2010
TEMPE DE CANEQUINHA
POR: Jorge Martins
Muito se tem cantado, mas mal, esta linda Morna, de autoria desse grande filho de Mindelo, Sérgio Frusoni.
Sérgio nasceu em Mindelo, filho de pais Italianos que, se conheceram e casaram em Mindelo.
Só foi a Itália quando teve de se alistar para o serviço militar, tendo sido incorporado e reenviado para Mindelo, para trabalhar na Italcable - Cabo Submarino Italiano, amarado na zona da Matiota - onde se manteve até a sua reforma, sem nunca mais regressar a Itália.
Era vê-lo na rua de Matijin, rua d'Praia, Salina, zona onde pulsava o Coração da Cidade, sempre junto ao seu Povo. Quando se reformou, tentou rumar a Itália, mas por escassos messes, tendo regressado a Mindelo. Ao ser interpelado pelo meu pai, de quem era amigo, sobre o regresso, ele, no seu crioulo escorreito, de m'nin de Soncente, disse assim:
- Mí é que ti ta bá morre num Terra, dondê que catem nem um criston pa dá dos ded de conversa!?
Quando cantarem esta morna, não se esqueçam que adulterar a letra, é atraiçoar a memória de Sérgio Frusoni e do Soncente que ele viveu.
Tempe de Caniquinha
Morna de Sergio Frusoni
1
Soncente um tempe era sabe
Soncente um tempe era ot cosa
Conde ses amdjer tava usa
Um lenço, um xaile cor da rosa
Um blusa e um conta de coral
2
Conde na ses boi nacional
Tá mornod te manchê
Conde sem confiança nem abuso
Ta sirvid quel cafê
Ma quel ratchinha de Cuscus
3
Conde pa Nos’Senhora da Luz
Tinha um grande porciçon
Conde ta colod Santa Cruz
Tâ colod pa San Jon
La’na rebera de Julion
Conde ta cutchid na pilon
Tá cantá na porfia
Conde ta tchuveba e na Porto
Tá vivid que mas sorte
E com mais aligria
4
Povo ca tá andá moda agora
Na mei de miséria tcheu de fome
Ta imbarcá ta bá’mbora
Sem um papel, sem um nome
Moda um lingada de carvom
Era colheta na tchon
Era vapor na baia
Oh Soncente daquês dia
Até Got de Manê Jon
Tá ingordá na gemada
5
Pa tud és rua de Morada
Era um data de estranger
Numa vida folgada
Cicerone d’vida eirada
Tá’nadá na dnher
De noite sentod na Pracinha
Ta parti gonhe assim
Peny pa bo, pa mi
Pa mi, pa bo, pa mi,
Era na tempe de Caniquinha
Muito se tem cantado, mas mal, esta linda Morna, de autoria desse grande filho de Mindelo, Sérgio Frusoni.
Sérgio nasceu em Mindelo, filho de pais Italianos que, se conheceram e casaram em Mindelo.
Só foi a Itália quando teve de se alistar para o serviço militar, tendo sido incorporado e reenviado para Mindelo, para trabalhar na Italcable - Cabo Submarino Italiano, amarado na zona da Matiota - onde se manteve até a sua reforma, sem nunca mais regressar a Itália.
Era vê-lo na rua de Matijin, rua d'Praia, Salina, zona onde pulsava o Coração da Cidade, sempre junto ao seu Povo. Quando se reformou, tentou rumar a Itália, mas por escassos messes, tendo regressado a Mindelo. Ao ser interpelado pelo meu pai, de quem era amigo, sobre o regresso, ele, no seu crioulo escorreito, de m'nin de Soncente, disse assim:
- Mí é que ti ta bá morre num Terra, dondê que catem nem um criston pa dá dos ded de conversa!?
Quando cantarem esta morna, não se esqueçam que adulterar a letra, é atraiçoar a memória de Sérgio Frusoni e do Soncente que ele viveu.
Tempe de Caniquinha
Morna de Sergio Frusoni
1
Soncente um tempe era sabe
Soncente um tempe era ot cosa
Conde ses amdjer tava usa
Um lenço, um xaile cor da rosa
Um blusa e um conta de coral
2
Conde na ses boi nacional
Tá mornod te manchê
Conde sem confiança nem abuso
Ta sirvid quel cafê
Ma quel ratchinha de Cuscus
3
Conde pa Nos’Senhora da Luz
Tinha um grande porciçon
Conde ta colod Santa Cruz
Tâ colod pa San Jon
La’na rebera de Julion
Conde ta cutchid na pilon
Tá cantá na porfia
Conde ta tchuveba e na Porto
Tá vivid que mas sorte
E com mais aligria
4
Povo ca tá andá moda agora
Na mei de miséria tcheu de fome
Ta imbarcá ta bá’mbora
Sem um papel, sem um nome
Moda um lingada de carvom
Era colheta na tchon
Era vapor na baia
Oh Soncente daquês dia
Até Got de Manê Jon
Tá ingordá na gemada
5
Pa tud és rua de Morada
Era um data de estranger
Numa vida folgada
Cicerone d’vida eirada
Tá’nadá na dnher
De noite sentod na Pracinha
Ta parti gonhe assim
Peny pa bo, pa mi
Pa mi, pa bo, pa mi,
Era na tempe de Caniquinha
quinta-feira, novembro 04, 2010
SÓ ME POSSO RIR
Há já uns tempos que ando a ver um indivíduo, proprietário de uma lambreta de chapa amarela, na praceta em frente ao prédio onde moramos, com uma atitude de quero posso e mando, usufruindo dos lugares para as Viaturas, como de tal fosse o proprietário e, como tal, tivesse o "direito" de estacionar em igualdade de direitos...
Bom, muito paleio, apenas para dizer que, nestes últimos 32 anos em que usamos esta praceta para abrigar os nossos carros, os prédios e as habitações mantiveram-se em número. Os carros não.
Cada vez há mais gente com carros próprios, esta zona transformou-se num centro de muitas fábricas e escritórios e há, inclusive, quem pare o carro na nossa praceta para ir trabalhar.
De modo que, numa altura de crise de lugares para estacionar, esta atitude é deveras digna de quem pense que a viatura, neste caso uma lambreta de 50 c.c., possa e deva, em igualdade de direitos, ocupar um lugar onde podiam caber mais 8 iguais.
Ando a pensar se valerá a pena chamar a atenção ao puto. Às vezes penso que sim. Outras vezes acho que não valerá a pena. E penso que me manterei nesta dúvida enquanto a reacção que tiver a esta situação for igual à que tive esta manhã, quando andava à procura de um lugar para estacionar e dei de caras com esta cena -> Saiu-me uma gostosa gargalhada!
Bom, muito paleio, apenas para dizer que, nestes últimos 32 anos em que usamos esta praceta para abrigar os nossos carros, os prédios e as habitações mantiveram-se em número. Os carros não.
Cada vez há mais gente com carros próprios, esta zona transformou-se num centro de muitas fábricas e escritórios e há, inclusive, quem pare o carro na nossa praceta para ir trabalhar.
De modo que, numa altura de crise de lugares para estacionar, esta atitude é deveras digna de quem pense que a viatura, neste caso uma lambreta de 50 c.c., possa e deva, em igualdade de direitos, ocupar um lugar onde podiam caber mais 8 iguais.
Ando a pensar se valerá a pena chamar a atenção ao puto. Às vezes penso que sim. Outras vezes acho que não valerá a pena. E penso que me manterei nesta dúvida enquanto a reacção que tiver a esta situação for igual à que tive esta manhã, quando andava à procura de um lugar para estacionar e dei de caras com esta cena -> Saiu-me uma gostosa gargalhada!
domingo, outubro 24, 2010
sábado, outubro 16, 2010
sábado, outubro 09, 2010
sábado, outubro 02, 2010
3 PARES D'ÓCULOS
Esta é verídica:
Houve um piloto em CV, já batido no assunto, montes de horas de voo, cabelos brancos e bochechas gordinhas, que pilotava com 3 pares de óculos: de ver ao perto (em cima da cana do nariz), de ver ao longe (na testa) e de ver ao longe verdes escuros (no "cucuruto" da cabeça).
Era o piloto mais distraído que alguma vez se conheceu.
Existem várias histórias dele. Uma delas é uma aproximação à pista do ex-Aeródromo Gago Coutinho/Fernando Mendes. Andava um cilindro a cilindrar a cabeceira sul, quando reparou que o avião (Dove) vinha aterrar. Mas o piloto fez a aproximação tão baixa que assustou o operador do cilindro que largou a máquina a trabalhar sozinha e fugiu a sete pés...
Outra história conta um mau cálculo de combustível que o fez chegar à Praia com o avião a cheirar apenas os gases. Ele comunica com a Torre:
"Atenção Atenção Torre de Controle: Daqui Comandante Rebolo. Aterragem de combustível por falta de emergência..."
Ainda mais uma:Para quem conhece o Aeródromo de São Nicolau, do lado da cabeceira da 01, existe (ou existia, não sei se já não foi removida) uma pequena elevação que, com os ventos, provocava uns winds-shear que dificultavam normalmente a aterragem na sua fase final (íssima).
O nosso Comandante Distraído uma vez fez outra das suas aproximações baixíssimas e o trem tocou ao de leve nessa elevação. É claro que o avião sacudiu. Aí ele vira-se para o Co-Piloto e diz:
"Esta entrada de S. Nicolau sempre foi muito atribulada, muitos ventos, muitos ventos... Muita turbulência..."
Outra foi quando um Piloto acabado de sair da escola foi para os TACV e começou a fazer horas de adaptação ao Dove, acompanhado por quem? Pelo nosso Comandante Distraído.
A viagem é de S. Vicente para a Praia.
À saída de SV, o novato reparou que o Cmdt não tinha recollhido o trem. E com um tom de muito respeito (rabinho entra as pernas) diz:
" Ehhhh, ahhhh, hummm, Sr. Comandante... O trem..."
E o SR COMANDANTE... Nada. Nem uma resposta.
Passados cinco minutos...
O novato:
"AHAM!!! Sr. Comandante... Ehhh... Bem... Sr. Comandante... O trem de aterragem..."
O SR COMANDANTE nem um piu...
Mais cinco minutos...
"Sr. comandante, o Sr..."
Foi bruscamente interrompido pelo Sr. Comandante:
"Ó HOMEM, CALE-SE, QUE ABORRECIMENTO!!! JÁ SEI QUE TENHO QUE RECOLHER O TREM! QUE CHATICE, HOMEM!"
O novato, assustado, calou o bico.
60 minutos volvidos... O SR COMANDANTE começa a olhar em volta através das janelas do cockpit. Olha para a esquerda... Olha para a direita... Olha para o relógio... Volta a olhar... Esquerda... Direita... Em frente...
"Estranho..." Diz ele. "Já devíamos estar a sobrevoar a ponta norte da Ilha de Santiago..." E dirigindo-se ao Co-Piloto: "Veja lá se vislumbra alguma coisa aí do seu lado."
E diz o Co-Piloto com uma vozinha de quem enguliu hélio:
"Sr. Comandante... O trem de aterragem não foi recolhido..."
Em consequência, o Co-Piloto levou o maior raspanete da sua vida:
"Ó HOMEM DE DEUS!!! ENTÃO NÃO ME PODIA TER DITO ISSO ANTES??? JÁ VIU QUANTO TEMPO ESTA VIAGEM VAI LEVAR??? CARAMBA!!! NÃO SEI O QUÊ QUE ANDAM A ENSINAR POR AÍ NESSAS ESCOLAS DE HOJE EM DIA!!! ONDE É QUE JÁ SE VIU!!"
Houve um piloto em CV, já batido no assunto, montes de horas de voo, cabelos brancos e bochechas gordinhas, que pilotava com 3 pares de óculos: de ver ao perto (em cima da cana do nariz), de ver ao longe (na testa) e de ver ao longe verdes escuros (no "cucuruto" da cabeça).
Era o piloto mais distraído que alguma vez se conheceu.
Existem várias histórias dele. Uma delas é uma aproximação à pista do ex-Aeródromo Gago Coutinho/Fernando Mendes. Andava um cilindro a cilindrar a cabeceira sul, quando reparou que o avião (Dove) vinha aterrar. Mas o piloto fez a aproximação tão baixa que assustou o operador do cilindro que largou a máquina a trabalhar sozinha e fugiu a sete pés...
Outra história conta um mau cálculo de combustível que o fez chegar à Praia com o avião a cheirar apenas os gases. Ele comunica com a Torre:
"Atenção Atenção Torre de Controle: Daqui Comandante Rebolo. Aterragem de combustível por falta de emergência..."
Ainda mais uma:Para quem conhece o Aeródromo de São Nicolau, do lado da cabeceira da 01, existe (ou existia, não sei se já não foi removida) uma pequena elevação que, com os ventos, provocava uns winds-shear que dificultavam normalmente a aterragem na sua fase final (íssima).
O nosso Comandante Distraído uma vez fez outra das suas aproximações baixíssimas e o trem tocou ao de leve nessa elevação. É claro que o avião sacudiu. Aí ele vira-se para o Co-Piloto e diz:
"Esta entrada de S. Nicolau sempre foi muito atribulada, muitos ventos, muitos ventos... Muita turbulência..."
Outra foi quando um Piloto acabado de sair da escola foi para os TACV e começou a fazer horas de adaptação ao Dove, acompanhado por quem? Pelo nosso Comandante Distraído.
A viagem é de S. Vicente para a Praia.
À saída de SV, o novato reparou que o Cmdt não tinha recollhido o trem. E com um tom de muito respeito (rabinho entra as pernas) diz:
" Ehhhh, ahhhh, hummm, Sr. Comandante... O trem..."
E o SR COMANDANTE... Nada. Nem uma resposta.
Passados cinco minutos...
O novato:
"AHAM!!! Sr. Comandante... Ehhh... Bem... Sr. Comandante... O trem de aterragem..."
O SR COMANDANTE nem um piu...
Mais cinco minutos...
"Sr. comandante, o Sr..."
Foi bruscamente interrompido pelo Sr. Comandante:
"Ó HOMEM, CALE-SE, QUE ABORRECIMENTO!!! JÁ SEI QUE TENHO QUE RECOLHER O TREM! QUE CHATICE, HOMEM!"
O novato, assustado, calou o bico.
60 minutos volvidos... O SR COMANDANTE começa a olhar em volta através das janelas do cockpit. Olha para a esquerda... Olha para a direita... Olha para o relógio... Volta a olhar... Esquerda... Direita... Em frente...
"Estranho..." Diz ele. "Já devíamos estar a sobrevoar a ponta norte da Ilha de Santiago..." E dirigindo-se ao Co-Piloto: "Veja lá se vislumbra alguma coisa aí do seu lado."
E diz o Co-Piloto com uma vozinha de quem enguliu hélio:
"Sr. Comandante... O trem de aterragem não foi recolhido..."
Em consequência, o Co-Piloto levou o maior raspanete da sua vida:
"Ó HOMEM DE DEUS!!! ENTÃO NÃO ME PODIA TER DITO ISSO ANTES??? JÁ VIU QUANTO TEMPO ESTA VIAGEM VAI LEVAR??? CARAMBA!!! NÃO SEI O QUÊ QUE ANDAM A ENSINAR POR AÍ NESSAS ESCOLAS DE HOJE EM DIA!!! ONDE É QUE JÁ SE VIU!!"
quinta-feira, setembro 23, 2010
DEVE HAVER AÍ MUITA GENTE À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS
UM PEQUENO PEDIDO
Tudo bem?
Por aqui chuva e calor!
Mindelo está uma cidade dividida por ribeiras!
Parece um sonho mas é realidade!
Muita agua que infelizmente continua a ir para o mar...que não precisa de água!
Para quando a correcção torrencial para que este bem precioso fique em terra para servir os que nela labutam?
Continuamos teimosamente a ser um Cabo Verde di Esperança!!!
Abraços e mantenhas do Mindelo!
Dia feliz!
Luis de Sousa Lobo
Por aqui chuva e calor!
Mindelo está uma cidade dividida por ribeiras!
Parece um sonho mas é realidade!
Muita agua que infelizmente continua a ir para o mar...que não precisa de água!
Para quando a correcção torrencial para que este bem precioso fique em terra para servir os que nela labutam?
Continuamos teimosamente a ser um Cabo Verde di Esperança!!!
Abraços e mantenhas do Mindelo!
Dia feliz!
Luis de Sousa Lobo
quarta-feira, agosto 18, 2010
MAIS UMA
"Há tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas,
que já têm a forma do nosso corpo e esquecer caminhos que nos levam
sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado,
para sempre, à margem de nós mesmos."
Fernando Pessoa
que já têm a forma do nosso corpo e esquecer caminhos que nos levam
sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado,
para sempre, à margem de nós mesmos."
Fernando Pessoa
sexta-feira, julho 16, 2010
VIVENDO E APRENDENDO
Como abrir uma garrafa de vinho com um sapato (Desde que o sapato esteja limpo... Por dentro e por fora...).
sexta-feira, julho 09, 2010
segunda-feira, julho 05, 2010
FRONTEIRAS
Cavaco Silva: "Cabo Verde é um país admirável quer em África e além fronteiras"
05 de Julho de 2010, 22:13
Mas... as fronteiras de Cabo Verde são o Continente Africano?
05 de Julho de 2010, 22:13
Mas... as fronteiras de Cabo Verde são o Continente Africano?
SERÁ?
O Brasil ganhou a copa do mundo em 1994. Antes disso, sua última conquista do título foi em 1970. Se você somar, 1970 + 1994 = 3964.
A Argentina ganhou a copa do mundo em 1986, antes em 1978. Somando, 1978 + 1986 = 3964.
Já a Alemanha ganhou a copa em 1990. Antes disso, foi em 1974. Somando 1990 + 1974 = 3964.
O Brasil ganhou a copa do mundo de 2002, e também foi o vencedor da copa de 1962. Conferindo: 1962 + 2002 = 3964.
Seguindo essa lógica, o ganhador da Copa de 2010 será o mesmo que em 1954. Somando: 1954 + 2010 = 3964.
E a Copa do Mundo em 1954 foi vencida pela Alemanha...
SERÁ ????
Realmente há gente que não tem nada que fazer...
A Argentina ganhou a copa do mundo em 1986, antes em 1978. Somando, 1978 + 1986 = 3964.
Já a Alemanha ganhou a copa em 1990. Antes disso, foi em 1974. Somando 1990 + 1974 = 3964.
O Brasil ganhou a copa do mundo de 2002, e também foi o vencedor da copa de 1962. Conferindo: 1962 + 2002 = 3964.
Seguindo essa lógica, o ganhador da Copa de 2010 será o mesmo que em 1954. Somando: 1954 + 2010 = 3964.
E a Copa do Mundo em 1954 foi vencida pela Alemanha...
SERÁ ????
Realmente há gente que não tem nada que fazer...
LABANTA BRAÇO BU GRITA BU LIBERDADI
No dia 5 de Julho de 1975, estava eu de férias na Cidade da Praia e nessa manhã tinha ido, na companhia da minha mãe e da minha irmã para o Estádio da Várzea assistir às comemorações da Independência de Cabo Verde.
O dia estava inicialmente cinzento, mas à medida que avançavam as horas, foi saindo um sol lindo, radioso, brilhante, um sol participativo, como se soubesse que esse dia era um dia especial para todo um País.
As comemorações atrasaram-se mas o sol continuou o seu caminho em direcção ao pico do céu, o que fez com que pouco tempo depois se tivesse tornado abrasador e incomodativo.
Após alguns discursos infindáveis dos protagonistas da festa, baixou-se a bandeira portuguesa e subiu-se aquela que foi a primeira bandeira cabo-verdiana. Um avião militar passou pelos céus a baixa altitude largando rosas vermelhas.
Por esta altura eu já sofria de uma sede descomunal, que tinha vindo a aguentar ao longo das horas passadas debaixo do sol abrasador que se fazia sentir.
Por estar já bastante incomodado e no limiar de um desmaio, pedi à mãe que me deixasse sair daquele sítio e dirigir-me a uma casa qualquer na vizinhança para pedir um copo de água. Concedida que foi a licença, saí do recinto de futebol o mais depressa possível, pedindo licença aos milhares de outros indivíduos que também se encontravam presentes.
Enquanto as tropas desfilavam num vai vem ora português ora cabo-verdiano, eu fazia um corta mato desesperado por entre as árvores que separavam o estádio da estrada da Central Eléctrica, em direcção a umas casas próximas com a intenção de pedir um pouco de água para acalmar a garganta ressequida e cheia de pó acumulado durante as horas que passara no campo de futebol.
Mas a sorte não estava do meu lado. Na direcção que tomara em busca da salvação molhada, direcção essa instintivamente a de casa dos meus pais na Prainha, havia poucas casas. Poucas e vazias. Como seria de esperar, todo o cabo-verdiano encontrava-se no estádio de futebol.
Passados vinte intermináveis minutos, já na estrada que bifurcava para a subida da Achada de Santo António, vi por entre as árvores do meu lado direito, uma casa típica de porta ao meio, uma janela de cada lado e telhado vermelho e, pedindo a todos os Santos e mais algum para que tivesse sorte dessa vez, dirigi-me a essa casa, não sem antes ter que subir um lance de escadas que me pareceu interminável.
Bati à porta. Voltei a bater. Desesperado com a ideia que teria que ir parar à Prainha para poder beber água e para isso teria que atravessar parte da Praia da Gambôa para que o caminho fosse mais curto, voltei a bater. Eis que se abre a porta de madeira e aparece uma senhora já de idade avançada e cabelos grisalhos, a quem pedi encarecidamente um pingo de água. A senhora pediu que esperasse um minutinho, encostou a porta e foi buscar o precioso líquido.
Pouco tempo passado, a porta volta a abrir-se e a velhinha aparece com um sorriso nos lábios e uma caneca de alumínio na mão cheia até à borda de água límpida, saborosa e… gelada!!! Super gelada!!! “Articamente” gelada!!!
O primeiro golo de água congelou literalmente a minha garganta.
A senhora, muito simpática, perguntou “quem são as tuas gentes?” Eu, de olhos esbugalhados e cheios de água, tentava desesperadamente disfarçar o incómodo, responder à senhora e matar a sede. Ainda tentei um segundo golinho de água o que só veio piorar a situação. Após breves momentos, consegui controlar a situação, consegui explicar quem eu era e consegui arranjar coragem para devolver a caneca praticamente cheia.
“Então não bebes mais?” “Não, muito obrigado, era só para molhar os lábios… Obrigado.”
Sentindo um desalento enorme, despedi-me e dirigi-me pesarosamente para a estrada que me conduzia a casa, conseguindo reunir forças para arrastar as pernas. Uma vez chegado a casa, liguei a mangueira de regar as plantas à torneira do quintal, sentei-me no chão, levantei a mão que segurava a outra ponta do tubo por cima da cabeça e abri a torneira…
sábado, julho 03, 2010
A LEI DO MENOR BOLSO
Estava a ver o programa Artes e Espectáculos na RTP África e reparei, numa reportagem sobre uma Feira de Qualquer-Coisa que se realizou em Cabo Verde, que havia animação musical feita por um trio - "Rabeca" (Violino), Cavaquinho e Violão.
Involuntariamente ri-me. Ri-me e depois fiquei a pensar: "Mas porque raio ri-me eu?" E fui à procura, cá pelas entranhas do meu eu, porque carga d'água veio-me o riso à boca.
E comecei a lembrar-me de que, pelo menos nestes últimos dez a quinze anos, qualquer actividade que envolvesse mostrar Cabo Verde ao mundo, a vertente musical era representada por um trio ou quarteto, onde o violino era o principal actor, o "sport" como se dizia na minha terra.
E de raciocínio em raciocínio, pensei que nesses anos a música de Cabo Verde, na sua vertente instrumental, evoluiu bastante, com a consagração de artistas exímios na arte de solar com um instrmento - e não estou a falar só do violino.
Mas representar musicalmente Cabo Verde em Feiras de Qualquer-Coisa sempre se manteve neste aparente reinado do violino.
"Mas porquê?", pensei eu.
Analisando o que aconteceu, pelo menos nos vinte anos que se passaram comigo a viver em Cabo Verde, o entertainment comum no princípio desse período, era a básica banda de quatro ou cinco instrumentos, liderados por uma voz.
Aos poucos começaram a aparecer noites de música ambiente animadas não por um artista cantor como figura de cartaz, mas sim por um violinista.
Começou a ser "normal" encontrarmos entertainers na Gelataria por baixo do Hotel Marisol, na Piscina do Hotel Praia Mar, ou seja, foram ganhando terreno e, legítimamente, o violino passou a ser mais solicitado, diminuindo a "diferença" entre estes dois tipos de formação nas aparições musicais.
Mas a verdade é que, monetariamente falando, essa opção também era mais barata. Por que razão? "Por serem mais "novos" na praça, "não podiam pedir cachets iguais aos outros grupos com cantor"", blá blá blá...
E dou comigo a pensar: houve uma estratificação dos cachets do pessoal. E uma coisa leva a outra. Há duas opções para os promotores. E daí a frase que dá título a este post.
PIMBA! Acto contínuo, só se vê e só se houve violino nessas Feiras de Qualquer-Coisa.
E será legítimo pensar: poderá a música instrumental de Cabo Verde ser mostrada aos desconhecedores só pela vertente instrumental violinista? E os actores da música instrumental feita ao cavaquinho - executado como instrumento solista - ? E o violão? Excelentes intérpretes tem este este instrumento!
Mas o cachet estratificado não permite contratar um Bau ou um Quim ALves para animar a Feira, com a sua arte de bem executar o cavaquinho. Ou um Voginha ou um Hernani à guitarra...
É mais barato - e às vezes não tem a mesma qualidade - . E por isso mesmo continuamos a ouvir o violino.
E continuamos a ouvir que se gastaram rios de dinheiro nestas Feiras e também por isso mesmo continuamos a pensar: esse orçamento não permitia alargar um pouco mais os cordões à bolsa e gastar um pouco mais de forma a quebrar a rotina? E a dar uma imagem mais aproximada à realidade?
Involuntariamente ri-me. Ri-me e depois fiquei a pensar: "Mas porque raio ri-me eu?" E fui à procura, cá pelas entranhas do meu eu, porque carga d'água veio-me o riso à boca.
E comecei a lembrar-me de que, pelo menos nestes últimos dez a quinze anos, qualquer actividade que envolvesse mostrar Cabo Verde ao mundo, a vertente musical era representada por um trio ou quarteto, onde o violino era o principal actor, o "sport" como se dizia na minha terra.
E de raciocínio em raciocínio, pensei que nesses anos a música de Cabo Verde, na sua vertente instrumental, evoluiu bastante, com a consagração de artistas exímios na arte de solar com um instrmento - e não estou a falar só do violino.
Mas representar musicalmente Cabo Verde em Feiras de Qualquer-Coisa sempre se manteve neste aparente reinado do violino.
"Mas porquê?", pensei eu.
Analisando o que aconteceu, pelo menos nos vinte anos que se passaram comigo a viver em Cabo Verde, o entertainment comum no princípio desse período, era a básica banda de quatro ou cinco instrumentos, liderados por uma voz.
Aos poucos começaram a aparecer noites de música ambiente animadas não por um artista cantor como figura de cartaz, mas sim por um violinista.
Começou a ser "normal" encontrarmos entertainers na Gelataria por baixo do Hotel Marisol, na Piscina do Hotel Praia Mar, ou seja, foram ganhando terreno e, legítimamente, o violino passou a ser mais solicitado, diminuindo a "diferença" entre estes dois tipos de formação nas aparições musicais.
Mas a verdade é que, monetariamente falando, essa opção também era mais barata. Por que razão? "Por serem mais "novos" na praça, "não podiam pedir cachets iguais aos outros grupos com cantor"", blá blá blá...
E dou comigo a pensar: houve uma estratificação dos cachets do pessoal. E uma coisa leva a outra. Há duas opções para os promotores. E daí a frase que dá título a este post.
PIMBA! Acto contínuo, só se vê e só se houve violino nessas Feiras de Qualquer-Coisa.
E será legítimo pensar: poderá a música instrumental de Cabo Verde ser mostrada aos desconhecedores só pela vertente instrumental violinista? E os actores da música instrumental feita ao cavaquinho - executado como instrumento solista - ? E o violão? Excelentes intérpretes tem este este instrumento!
Mas o cachet estratificado não permite contratar um Bau ou um Quim ALves para animar a Feira, com a sua arte de bem executar o cavaquinho. Ou um Voginha ou um Hernani à guitarra...
É mais barato - e às vezes não tem a mesma qualidade - . E por isso mesmo continuamos a ouvir o violino.
E continuamos a ouvir que se gastaram rios de dinheiro nestas Feiras e também por isso mesmo continuamos a pensar: esse orçamento não permitia alargar um pouco mais os cordões à bolsa e gastar um pouco mais de forma a quebrar a rotina? E a dar uma imagem mais aproximada à realidade?
sexta-feira, julho 02, 2010
CASA DA MORNA - O OLHAR DE (MAIS) UMA FÃ
Já há tempos que queria conhecer a Casa da Morna, mas o facto de ser trabalhadora/estudante e ter os serões ocupados foi adiando o acontecimento. Entretanto em conversa com o Paló ficou combinado para o fim do ano lectivo (que ainda assim, ainda se arrasta de exames nacionais..) e estes dias a conversa veio novamente a lume. Ontem foi o dia.
Continua aqui.
Continua aqui.
quinta-feira, julho 01, 2010
Dentro de poucos anos, o primeiro dia de aulas em Portugal.
A professora, faz a chamada:
"Mustafá El-Ekhseri?????.??? Presente!
?Obamba Moluni??????...?..... Presente!
"Achmed El-Cabul"????.?.??. Presente!
"Evo Menchú"???????..?.?.. Presente!
"Yao Ming Chao"????????... Presente!
"Al Ber Tomar Tinsdi-As"???........ Ninguém responde
"Al Ber Tomar Tinsdi-As", volta a repetir a professora algo incomodada ...
Ninguém responde
...
"Pela última vez: Al Ber Tomar Tinsdi-As", diz a professora bastante exaltada.
De repente levanta-se um miúdo e diz: "Devo ser eu professora, mas pronuncia-se: Alberto Martins Dias".
"Mustafá El-Ekhseri?????.??? Presente!
?Obamba Moluni??????...?..... Presente!
"Achmed El-Cabul"????.?.??. Presente!
"Evo Menchú"???????..?.?.. Presente!
"Yao Ming Chao"????????... Presente!
"Al Ber Tomar Tinsdi-As"???........ Ninguém responde
"Al Ber Tomar Tinsdi-As", volta a repetir a professora algo incomodada ...
Ninguém responde
...
"Pela última vez: Al Ber Tomar Tinsdi-As", diz a professora bastante exaltada.
De repente levanta-se um miúdo e diz: "Devo ser eu professora, mas pronuncia-se: Alberto Martins Dias".
domingo, junho 20, 2010
sábado, junho 05, 2010
segunda-feira, maio 17, 2010
sábado, maio 15, 2010
quarta-feira, maio 12, 2010
segunda-feira, maio 03, 2010
sexta-feira, abril 30, 2010
OS LADOS LUMINOSO E SOMBRIO.
"EM CADA UM DE NÓS RESIDE UM LADO LUMINOSO E OUTRO SOMBRIO. CADA UM DE NÓS TEM FALHAS A CORRIGIR E FERIDAS QUE DESESPERAM PARA SEREM CURADAS. CADA UM DE NÓS TEM UMA ALMA FRAGMENTADA, QUE PROCURAMOS RECONCILIAR E UNIFICAR À MEDIDA QUE APRENDEMOS A SER HUMANOS E ESPIRITUAIS EM SIMULTÂNEO. É PRECISAMENTE ESTA CONDIÇÃO DE IMPERFEIÇÃO QUE NOS TORNA HUMANOS".
Robin Sharma
Robin Sharma
terça-feira, abril 27, 2010
UPDATE DOS VELHOS DITADOS.
Como estamos na "Era Digital", foi necessário rever os velhos ditados existentes e adaptá-los à nova realidade.
1. A pressa é inimiga da conexão.
2. Amigos, amigos, senhas à parte.
3. A arquivo dado não se olha o formato.
4. Diga-me que chat frequentas e te direi quem és.
5. Para bom provedor uma senha basta.
6. Não adianta chorar sobre arquivo deletado.
7. Em briga de namorados virtuais não se mete o mouse.
8. Hacker que ladra, não morde.
9. Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando.
10. Mouse sujo limpa-se em casa.
11. Melhor prevenir do que formatar.
12. Quando um não quer, dois não teclam.
13. Quem clica seus males multiplica.
14. Quem com vírus infecta, com vírus será infectado.
15. Quem envia o que quer, recebe o que não quer...
16. Quem não tem banda larga, caça com modem.
17. Quem semeia e-mails, colhe spams.
18. Quem tem dedo vai a Roma.com.
19. Vão-se os arquivos, ficam os back-ups.
20. Diga-me que computador tens e direi quem és.
21. Uma impressora disse para outra: - Essa folha é sua ou é impressão minha?
22. Aluno de informática não cola, faz backup.
23. Na informática nada se perde nada se cria. Tudo se copia... E depois se cola.
1. A pressa é inimiga da conexão.
2. Amigos, amigos, senhas à parte.
3. A arquivo dado não se olha o formato.
4. Diga-me que chat frequentas e te direi quem és.
5. Para bom provedor uma senha basta.
6. Não adianta chorar sobre arquivo deletado.
7. Em briga de namorados virtuais não se mete o mouse.
8. Hacker que ladra, não morde.
9. Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando.
10. Mouse sujo limpa-se em casa.
11. Melhor prevenir do que formatar.
12. Quando um não quer, dois não teclam.
13. Quem clica seus males multiplica.
14. Quem com vírus infecta, com vírus será infectado.
15. Quem envia o que quer, recebe o que não quer...
16. Quem não tem banda larga, caça com modem.
17. Quem semeia e-mails, colhe spams.
18. Quem tem dedo vai a Roma.com.
19. Vão-se os arquivos, ficam os back-ups.
20. Diga-me que computador tens e direi quem és.
21. Uma impressora disse para outra: - Essa folha é sua ou é impressão minha?
22. Aluno de informática não cola, faz backup.
23. Na informática nada se perde nada se cria. Tudo se copia... E depois se cola.
segunda-feira, abril 26, 2010
domingo, abril 25, 2010
quarta-feira, abril 14, 2010
terça-feira, abril 13, 2010
ESTADO CADAVÉRICO
Num dos quinze dias em que estive em Cabo Verde para os concertos da CVTelecom(e) e dos Bailes de Conjunto, tinha eu algumas horas livres e resolvi assistir ao telejornal da TCV, comodamente instalado na cama do meu quarto no Hotel Porto Grande.
Vinte horas pin! e começaram as notícias. Logo com acidentes e mortes (parece que agora este é o alinhamento obrigatório das estações de TV).
Tratava-se no caso de um acidente de viação ocorrido numa estrada da ilha de Santiago onde a viatura "ter-se-à embatido contra um poste" e desse acidente resultaram feridos e mortos, tendo um indivíduo chegado ao Hospital Agostinho Neto na Praia já em "estado cadavérico".
...
Paulo, aperta o botãozinho do off da TV e tira uma djonga!
Vinte horas pin! e começaram as notícias. Logo com acidentes e mortes (parece que agora este é o alinhamento obrigatório das estações de TV).
Tratava-se no caso de um acidente de viação ocorrido numa estrada da ilha de Santiago onde a viatura "ter-se-à embatido contra um poste" e desse acidente resultaram feridos e mortos, tendo um indivíduo chegado ao Hospital Agostinho Neto na Praia já em "estado cadavérico".
...
Paulo, aperta o botãozinho do off da TV e tira uma djonga!
NOSTALGIA PURA II
Na sequência deste post (Nostalgia Pura) e na sequência de uma ida em trabalho a São Vicente, num dia ensolarado da Cidade do Mindelo dei de caras com o meu fofinho... Abandonado, só e cheio de poeira...
Ah tristeza...
Chegou ao fim a tua era, meu querido.
Ah tristeza...
Chegou ao fim a tua era, meu querido.
quarta-feira, abril 07, 2010
terça-feira, abril 06, 2010
BÓI DE CONJUNT
Excelente iniciativa do meu amigo e colega Tito Paris.
Relembrar os tempos em que havia o hábito e a cultura dos bailes populares em Cabo Verde, foi sem dúvida, uma grande ideia.
Aspecto do baile.
Do menú constavam Tito Paris, Manú Lima, Nando da Cruz, Zeca de Nha Reinalda e seis horas seguidas de música.
Quis o destino que a banda do Tito, por questões técnicas, não pudesse acompanhar o Zeca, o que originou a hipótese de eu, como baixista do Finaçon por 8 anos, estivesse apto para o acompanhar e do próprio Zeca optar por escolher músicos que completassem o quarteto que acabou por acompanhá-lo. E assim foi.
Foram escolhidos o Zequinha Magra para a guitarra, o Helder para a bateria, eu próprio no baixo e o Djinho Barbosa nos teclados (Também antigo músico dos Finaçon).
O antigo Hangar do aeroporto Francisco Mendes, hoje Pavilhão da FIC, local onde se realizou o 1º Baile, na Cidade da Praia.
O antigo aeroporto Francisco Mendes.
A alegria que se previa era incalculável. A prova foi quando o Djinho entrou na sala de ensaios naquela Segunda-Feira e deu de caras comigo, deu-me um grande abraço e segredou-me ao ouvido: "Isto vai dar merda!!!"
E deu!
Estar em cima do palco com aquele time, liderado pelo grande Zeca (O verdadeiro e ainda não destronado Rei do Funaná), ver aquele mar de gente a cantar temas de há 20 anos atrás em uníssono, foi emoção a mais. Vieram-me as lágrimas aos olhos várias vezes durante aquela hora que durou o set.
MA-RA-VI-LHO-SO, pura e simples.
Às seis da manhã, após 5 horas e 50 minutos em cima de um palco, o cansaço era enorme sem dúvida, mas nada que superasse o orgulho e a alegria de ter estado novamente a viver algo que fiz durante muito tempo nos anos 80/90.
Por uma noite revivi momentos deliciosos ao acompanhar o Tito, o Zeca, o Manú, o Nando e a Paulinha, convidada de última hora, num Bói de Conjunt à boa moda antiga.
Obrigado Tito, obrigado Zeca, obrigado Djinho, obrigado todos quantos proporcionaram este momento inesquecível.
Mais matéria sobre o assunto aqui.
Relembrar os tempos em que havia o hábito e a cultura dos bailes populares em Cabo Verde, foi sem dúvida, uma grande ideia.
Aspecto do baile.
Do menú constavam Tito Paris, Manú Lima, Nando da Cruz, Zeca de Nha Reinalda e seis horas seguidas de música.
Quis o destino que a banda do Tito, por questões técnicas, não pudesse acompanhar o Zeca, o que originou a hipótese de eu, como baixista do Finaçon por 8 anos, estivesse apto para o acompanhar e do próprio Zeca optar por escolher músicos que completassem o quarteto que acabou por acompanhá-lo. E assim foi.
Foram escolhidos o Zequinha Magra para a guitarra, o Helder para a bateria, eu próprio no baixo e o Djinho Barbosa nos teclados (Também antigo músico dos Finaçon).
O antigo Hangar do aeroporto Francisco Mendes, hoje Pavilhão da FIC, local onde se realizou o 1º Baile, na Cidade da Praia.
O antigo aeroporto Francisco Mendes.
A alegria que se previa era incalculável. A prova foi quando o Djinho entrou na sala de ensaios naquela Segunda-Feira e deu de caras comigo, deu-me um grande abraço e segredou-me ao ouvido: "Isto vai dar merda!!!"
E deu!
Estar em cima do palco com aquele time, liderado pelo grande Zeca (O verdadeiro e ainda não destronado Rei do Funaná), ver aquele mar de gente a cantar temas de há 20 anos atrás em uníssono, foi emoção a mais. Vieram-me as lágrimas aos olhos várias vezes durante aquela hora que durou o set.
MA-RA-VI-LHO-SO, pura e simples.
Às seis da manhã, após 5 horas e 50 minutos em cima de um palco, o cansaço era enorme sem dúvida, mas nada que superasse o orgulho e a alegria de ter estado novamente a viver algo que fiz durante muito tempo nos anos 80/90.
Por uma noite revivi momentos deliciosos ao acompanhar o Tito, o Zeca, o Manú, o Nando e a Paulinha, convidada de última hora, num Bói de Conjunt à boa moda antiga.
Obrigado Tito, obrigado Zeca, obrigado Djinho, obrigado todos quantos proporcionaram este momento inesquecível.
Mais matéria sobre o assunto aqui.
ELECTRA VERSUS ASA
Ao chegar de avião à Cidade da Praia, o comandante do ATR 42-320 da Halcyonair avisou que, devido a um corte de energia geral (apagão) na Cidade da Praia, iríamos ficar a sobrevoar o aeroporto em circuito de espera por não mais de 10 a 15 minutos.
Na realidade foi apenas um circuito de espera, coisa de 3 minutos até aterrarmos em GVNP (Aeroporto Internacional Nova Praia, como disse a aeromoça de sotaque brasileiro, hehehe).
Uma vez "aterrados" e parados na placa, a mesma aeromoça anunciou que deveríamos ficar sentados até que as autoridades aeroportuárias dessem autorização para o desembarque. Esta decisão teve consequências desastrosas, pois o calor começou a tomar conta da cabine a ponto de se tornar insuportável.
Nisto, o Sr. Comandante apareceu na porta do cockpit e dirigiu-se para a saída do avião na porta traseira. Assim como foi, voltou para o cockpit e discursou novamente, dizendo que o black-out da cidade tinha afectado o aeroporto e o gerador de emergência do mesmo estava avariado (Mais tarde vim a saber que um mês antes se tinha dado uma situação idêntica mas de dia, o que não chamou tanta atenção, mas atrasou um voo dos TACV para Lisboa em duas horas. Fica por saber se é a mesma avaria ou outra diferente). Mas que tinha conseguido coordenar com as autoridades o desembarque, uma vez que o gerador de energia daquele avião não aguentava muito mais tempo.
E assim lá saímos nós para o fresco da noite e para a cena mais ridícula que já presenciei na vida.
No último degrau das escadas do avião, um funcionário da Halcyonair com uma lanterna na mão, a iluminar as mesmas. Daí até à porta de entrada da sala de desembarque, escuro (e gritava o meu amigo Djinho Barbosa "Esta é a Capital da República de Cabo Verde"). Nessa porta uma viatura follow me da ASA de máximos acesos a iluminar a entrada. Uma vez lá dentro, escuro.
Identifiquei a minha mala com a luz do meu telemóvel e mesmo assim...
Procurei (e encontrei) notícias sobre o caso no ASemana. Com o título “Black out” da Electra paralisa ADP, a princípio achei meio "esquerdo", pois ADP para mim sempre foi a sigla de "Aéroports de Paris", mas depois olhei melhor e lá vi que era o que me interessava.
È engraçado como a versão do entrevistado é diferente da minha em alguns pontos, mas "prontos pá", política, futebol e religião eu não discuto.
Mas uma coisa não vou deixar passar: “Fizemos o desembarque nessas condições porque o gerador do ATR da Halcyonar não tinha capacidade para alimentar o avião. Se os passageiros permanecessem a bordo ficavam sem ar condicionado e sem oxigénio”.
Bom...
Ar condicionado não o tivémos assim que o avião parou os motores...
Oxigénio?... Não dramatizemos, pois estávamos a bordo de um ATR, estacionado na placa do aeroporto com as portas abertas e não a bordo da Apollo 13 a caminho da Lua...
E mais... Existe uma coisa que é o GPU, (Ground Power Unit) que fornece energia aos aviões e que, o que existe na no aeroporto da Praia, estava conectado Boeing 757 dos TACV que tinha chegado minutos antes.
Daí, essa do "Felizmente, o Boeing tem um bom gerador"... sei não... Todas as aeronaves têm bons geradores. E todos os bons geradores de todas as aeronaves têm um limite de funcionamento...
Não sei se me faço perceber.
quarta-feira, março 24, 2010
domingo, março 14, 2010
domingo, março 07, 2010
BASTA O ESSENCIAL
O valioso tempo dos maduros
Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui
para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir
assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar
da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo
de secretário geral do coral.
'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência,
minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana,
muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com
triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!
Poesia de Mário de Andrade
Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui
para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir
assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar
da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo
de secretário geral do coral.
'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência,
minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana,
muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com
triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!
Poesia de Mário de Andrade
segunda-feira, março 01, 2010
terça-feira, fevereiro 23, 2010
QUEM SE LEMBRA DISTO?
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