sexta-feira, julho 16, 2010

VIVENDO E APRENDENDO



Como abrir uma garrafa de vinho com um sapato (Desde que o sapato esteja limpo... Por dentro e por fora...).

segunda-feira, julho 05, 2010

FRONTEIRAS

Cavaco Silva: "Cabo Verde é um país admirável quer em África e além fronteiras"
05 de Julho de 2010, 22:13


Mas... as fronteiras de Cabo Verde são o Continente Africano?

SERÁ?

O Brasil ganhou a copa do mundo em 1994. Antes disso, sua última conquista do título foi em 1970. Se você somar, 1970 + 1994 = 3964.

A Argentina ganhou a copa do mundo em 1986, antes em 1978. Somando, 1978 + 1986 = 3964.

Já a Alemanha ganhou a copa em 1990. Antes disso, foi em 1974. Somando 1990 + 1974 = 3964.

O Brasil ganhou a copa do mundo de 2002, e também foi o vencedor da copa de 1962. Conferindo: 1962 + 2002 = 3964.

Seguindo essa lógica, o ganhador da Copa de 2010 será o mesmo que em 1954. Somando: 1954 + 2010 = 3964.

E a Copa do Mundo em 1954 foi vencida pela Alemanha...




SERÁ ????


Realmente há gente que não tem nada que fazer...

LABANTA BRAÇO BU GRITA BU LIBERDADI


No dia 5 de Julho de 1975, estava eu de férias na Cidade da Praia e nessa manhã tinha ido, na companhia da minha mãe e da minha irmã para o Estádio da Várzea assistir às comemorações da Independência de Cabo Verde.

O dia estava inicialmente cinzento, mas à medida que avançavam as horas, foi saindo um sol lindo, radioso, brilhante, um sol participativo, como se soubesse que esse dia era um dia especial para todo um País.

As comemorações atrasaram-se mas o sol continuou o seu caminho em direcção ao pico do céu, o que fez com que pouco tempo depois se tivesse tornado abrasador e incomodativo.

Após alguns discursos infindáveis dos protagonistas da festa, baixou-se a bandeira portuguesa e subiu-se aquela que foi a primeira bandeira cabo-verdiana. Um avião militar passou pelos céus a baixa altitude largando rosas vermelhas.

Por esta altura eu já sofria de uma sede descomunal, que tinha vindo a aguentar ao longo das horas passadas debaixo do sol abrasador que se fazia sentir.

Por estar já bastante incomodado e no limiar de um desmaio, pedi à mãe que me deixasse sair daquele sítio e dirigir-me a uma casa qualquer na vizinhança para pedir um copo de água. Concedida que foi a licença, saí do recinto de futebol o mais depressa possível, pedindo licença aos milhares de outros indivíduos que também se encontravam presentes.

Enquanto as tropas desfilavam num vai vem ora português ora cabo-verdiano, eu fazia um corta mato desesperado por entre as árvores que separavam o estádio da estrada da Central Eléctrica, em direcção a umas casas próximas com a intenção de pedir um pouco de água para acalmar a garganta ressequida e cheia de pó acumulado durante as horas que passara no campo de futebol.

Mas a sorte não estava do meu lado. Na direcção que tomara em busca da salvação molhada, direcção essa instintivamente a de casa dos meus pais na Prainha, havia poucas casas. Poucas e vazias. Como seria de esperar, todo o cabo-verdiano encontrava-se no estádio de futebol.

Passados vinte intermináveis minutos, já na estrada que bifurcava para a subida da Achada de Santo António, vi por entre as árvores do meu lado direito, uma casa típica de porta ao meio, uma janela de cada lado e telhado vermelho e, pedindo a todos os Santos e mais algum para que tivesse sorte dessa vez, dirigi-me a essa casa, não sem antes ter que subir um lance de escadas que me pareceu interminável.

Bati à porta. Voltei a bater. Desesperado com a ideia que teria que ir parar à Prainha para poder beber água e para isso teria que atravessar parte da Praia da Gambôa para que o caminho fosse mais curto, voltei a bater. Eis que se abre a porta de madeira e aparece uma senhora já de idade avançada e cabelos grisalhos, a quem pedi encarecidamente um pingo de água. A senhora pediu que esperasse um minutinho, encostou a porta e foi buscar o precioso líquido.

Pouco tempo passado, a porta volta a abrir-se e a velhinha aparece com um sorriso nos lábios e uma caneca de alumínio na mão cheia até à borda de água límpida, saborosa e… gelada!!! Super gelada!!! “Articamente” gelada!!!

O primeiro golo de água congelou literalmente a minha garganta.

A senhora, muito simpática, perguntou “quem são as tuas gentes?” Eu, de olhos esbugalhados e cheios de água, tentava desesperadamente disfarçar o incómodo, responder à senhora e matar a sede. Ainda tentei um segundo golinho de água o que só veio piorar a situação. Após breves momentos, consegui controlar a situação, consegui explicar quem eu era e consegui arranjar coragem para devolver a caneca praticamente cheia.

“Então não bebes mais?” “Não, muito obrigado, era só para molhar os lábios… Obrigado.”

Sentindo um desalento enorme, despedi-me e dirigi-me pesarosamente para a estrada que me conduzia a casa, conseguindo reunir forças para arrastar as pernas. Uma vez chegado a casa, liguei a mangueira de regar as plantas à torneira do quintal, sentei-me no chão, levantei a mão que segurava a outra ponta do tubo por cima da cabeça e abri a torneira…

sábado, julho 03, 2010

A LEI DO MENOR BOLSO

Estava a ver o programa Artes e Espectáculos na RTP África e reparei, numa reportagem sobre uma Feira de Qualquer-Coisa que se realizou em Cabo Verde, que havia animação musical feita por um trio - "Rabeca" (Violino), Cavaquinho e Violão.

Involuntariamente ri-me. Ri-me e depois fiquei a pensar: "Mas porque raio ri-me eu?" E fui à procura, cá pelas entranhas do meu eu, porque carga d'água veio-me o riso à boca.

E comecei a lembrar-me de que, pelo menos nestes últimos dez a quinze anos, qualquer actividade que envolvesse mostrar Cabo Verde ao mundo, a vertente musical era representada por um trio ou quarteto, onde o violino era o principal actor, o "sport" como se dizia na minha terra.

E de raciocínio em raciocínio, pensei que nesses anos a música de Cabo Verde, na sua vertente instrumental, evoluiu bastante, com a consagração de artistas exímios na arte de solar com um instrmento - e não estou a falar só do violino.

Mas representar musicalmente Cabo Verde em Feiras de Qualquer-Coisa sempre se manteve neste aparente reinado do violino.

"Mas porquê?", pensei eu.

Analisando o que aconteceu, pelo menos nos vinte anos que se passaram comigo a viver em Cabo Verde, o entertainment comum no princípio desse período, era a básica banda de quatro ou cinco instrumentos, liderados por uma voz.

Aos poucos começaram a aparecer noites de música ambiente animadas não por um artista cantor como figura de cartaz, mas sim por um violinista.

Começou a ser "normal" encontrarmos entertainers na Gelataria por baixo do Hotel Marisol, na Piscina do Hotel Praia Mar, ou seja, foram ganhando terreno e, legítimamente, o violino passou a ser mais solicitado, diminuindo a "diferença" entre estes dois tipos de formação nas aparições musicais.

Mas a verdade é que, monetariamente falando, essa opção também era mais barata. Por que razão? "Por serem mais "novos" na praça, "não podiam pedir cachets iguais aos outros grupos com cantor"", blá blá blá...

E dou comigo a pensar: houve uma estratificação dos cachets do pessoal. E uma coisa leva a outra. Há duas opções para os promotores. E daí a frase que dá título a este post.

PIMBA! Acto contínuo, só se vê e só se houve violino nessas Feiras de Qualquer-Coisa.

E será legítimo pensar: poderá a música instrumental de Cabo Verde ser mostrada aos desconhecedores só pela vertente instrumental violinista? E os actores da música instrumental feita ao cavaquinho - executado como instrumento solista - ? E o violão? Excelentes intérpretes tem este este instrumento!

Mas o cachet estratificado não permite contratar um Bau ou um Quim ALves para animar a Feira, com a sua arte de bem executar o cavaquinho. Ou um Voginha ou um Hernani à guitarra...

É mais barato - e às vezes não tem a mesma qualidade - . E por isso mesmo continuamos a ouvir o violino.

E continuamos a ouvir que se gastaram rios de dinheiro nestas Feiras e também por isso mesmo continuamos a pensar: esse orçamento não permitia alargar um pouco mais os cordões à bolsa e gastar um pouco mais de forma a quebrar a rotina? E a dar uma imagem mais aproximada à realidade?

sexta-feira, julho 02, 2010

CASA DA MORNA - O OLHAR DE (MAIS) UMA FÃ

Já há tempos que queria conhecer a Casa da Morna, mas o facto de ser trabalhadora/estudante e ter os serões ocupados foi adiando o acontecimento. Entretanto em conversa com o Paló ficou combinado para o fim do ano lectivo (que ainda assim, ainda se arrasta de exames nacionais..) e estes dias a conversa veio novamente a lume. Ontem foi o dia.

Continua aqui.

CADÊ A CONCORDÂNCIA?

"LIGA-TE ÀS VANTAGENS DAS GRANDES PROMOÇÕES, VISITE WWWW.MOVEL.CV"

In Sapo.cv.

quinta-feira, julho 01, 2010

UMA BOA RELAÇÃO!

Dentro de poucos anos, o primeiro dia de aulas em Portugal.

A professora, faz a chamada:

"Mustafá El-Ekhseri?????.??? Presente!
?Obamba Moluni??????...?..... Presente!
"Achmed El-Cabul"????.?.??. Presente!
"Evo Menchú"???????..?.?.. Presente!
"Yao Ming Chao"????????... Presente!
"Al Ber Tomar Tinsdi-As"???........ Ninguém responde
"Al Ber Tomar Tinsdi-As", volta a repetir a professora algo incomodada ...
Ninguém responde

...

"Pela última vez: Al Ber Tomar Tinsdi-As", diz a professora bastante exaltada.

De repente levanta-se um miúdo e diz: "Devo ser eu professora, mas pronuncia-se: Alberto Martins Dias".

Vuvuzela: Enchendo a Cabeça das Pessoas Desde 1600