Excelente iniciativa do meu amigo e colega Tito Paris.
Relembrar os tempos em que havia o hábito e a cultura dos bailes populares em Cabo Verde, foi sem dúvida, uma grande ideia.
Aspecto do baile.
Do menú constavam Tito Paris, Manú Lima, Nando da Cruz, Zeca de Nha Reinalda e seis horas seguidas de música.
Quis o destino que a banda do Tito, por questões técnicas, não pudesse acompanhar o Zeca, o que originou a hipótese de eu, como baixista do Finaçon por 8 anos, estivesse apto para o acompanhar e do próprio Zeca optar por escolher músicos que completassem o quarteto que acabou por acompanhá-lo. E assim foi.
Foram escolhidos o Zequinha Magra para a guitarra, o Helder para a bateria, eu próprio no baixo e o Djinho Barbosa nos teclados (Também antigo músico dos Finaçon).
O antigo Hangar do aeroporto Francisco Mendes, hoje Pavilhão da FIC, local onde se realizou o 1º Baile, na Cidade da Praia.
O antigo aeroporto Francisco Mendes.
A alegria que se previa era incalculável. A prova foi quando o Djinho entrou na sala de ensaios naquela Segunda-Feira e deu de caras comigo, deu-me um grande abraço e segredou-me ao ouvido: "Isto vai dar merda!!!"
E deu!
Estar em cima do palco com aquele time, liderado pelo grande Zeca (O verdadeiro e ainda não destronado Rei do Funaná), ver aquele mar de gente a cantar temas de há 20 anos atrás em uníssono, foi emoção a mais. Vieram-me as lágrimas aos olhos várias vezes durante aquela hora que durou o set.
MA-RA-VI-LHO-SO, pura e simples.
Às seis da manhã, após 5 horas e 50 minutos em cima de um palco, o cansaço era enorme sem dúvida, mas nada que superasse o orgulho e a alegria de ter estado novamente a viver algo que fiz durante muito tempo nos anos 80/90.
Por uma noite revivi momentos deliciosos ao acompanhar o Tito, o Zeca, o Manú, o Nando e a Paulinha, convidada de última hora, num Bói de Conjunt à boa moda antiga.
Obrigado Tito, obrigado Zeca, obrigado Djinho, obrigado todos quantos proporcionaram este momento inesquecível.
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