Foi em Leixões, em cima do palco do B Flat, club de jazz, coisa que por si só estragou tudo.
Pela segunda vez na minha vida, passei a meia noite em cima de um palco.
Dirão os meus amigos: ossos do ofício?
Eu respondo que não. Não são ossos do ofício, mas sim falta de respeito. E aproveito para deixar uma palavrinha à Otilia e ao Ferro, ele músico e ela esposa de um músico, os dois habituados a estas lides, pelo menos pelo que ouvi ser o seu historial na concepção e organização de festivais de música.
E a palavrinha que vos quero deixar é muito simples: os músicos e artistas TAMBÉM são seres humanos, têm família, necessitam de um momento de retiro e reflexão aquando da passagem do ano velho para o novo ano, precisam (tentar) telefonar aos mais próximos (se as redes de telefone móvel assim o permitirem).
O que os músicos e artistas NÃO precisam é estar em cima de um palco nos últimos cinco minutos do ano que vai terminar e para no primeiro minuto do novo ano estarem a ser pressionados pela patroa do espaço a perguntar a alta voz "Onde param esses músicos? Será que vamos ficar agora com a casa parada, sem música?"
E isto aconteceu porque? Os músicos retiraram-se para os cantos possíveis do exposto palco e tentaram falar com os mais próximos, uns com mais sucesso de que outros.
Há que pensar nestes pequenos pormenores, minha gente. Somos profissionais da arte. A ideia de que o músico quer é paródia, mulheres e bebidas, já está ultrapassada. Demodé. Fora de moda.
Já dizia Gabriel Mariano, poeta, ensaísta e Senhor Doutor Juíz (e em nada apologista da paródia, bebidas e mulheres): "Não perco noites. Ganho madrugadas!" Esta frase tem muito a dizer-nos, se lhe dedicarmos uns minutos do nosso pensamento.
É na madrugada que se obtém a melhor inspiração.
Mas enfim... A mentalidade "estou a pagar, portanto eles que façam as coisas como eu quero" precisa mudar. Os grandes shows que se vêm na TV, em DVD's e, para quem gosta, nos mega-concertos, são programados ao pormenor, levando em conta a opinião do artista e respectivos músicos. As coisas para serem grandes, precisam de planeamento e isso não se consegue de uma forma unilateral.
Mas "prontos pá"! Mais um sapo engolido. Mais um dedinho... (*1)...
E para juntar à festa, depois de regressado a Lisboa, o meu telélé caiu dentro de água...
Fixe!
Para mim serviu apenas para apressar a oferta ao Paló do Paló com muitos beijinhos do Paló de um telelé novo como prenda de Natal... (Mania que eu tenho de comprar as prendas depois das ocasiões...)
Já agora, meus amigos, dado que estamos "nos finalmente" desta quadra festiva, com o fim-de-semana gentilmente misturado com tolerâncias de ponto e ainda devido a questões de logística, só vou poder comprar um telemóvel na próxima Segunda-Feira. Dai que, quem quiser entretanto entrar em contacto comigo, faça o favor de usar o correio electrónico.
Continuação de um Bom Ano para todos.
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