BUR(R)OCRACIA

E eu a pensar que as coisas estavam melhores...

Durante o processo de nacionalização dos meus filhos, deu-se o caso de um deles ter nascido em Portugal mas não ter sido cá registado. Para se certificar disso, o IRN teve que pedir a confirmação a TODAS as Conservatórias do País em como o que eu tinha dito ao balcão era verdade.

Resultado: o processo do miúdo mais parece um daqueles processos dos tribunais com folhas que não acabam mais.

Depois de um mês de espera, lá se certificaram de que não havia registo da pessoa em causa e telefonaram-lhe para Aveiro, onde reside, a marcar data e hora para comparência, com o intuito de se registar e daí iniciar o processo do Cartão do Cidadão.

Que documentos são necessários? Basta o Passaporte e a cópia da Certidão de Nascimento. Ah pois é!

Interrompendo as aulas na Universidade de Aveiro, vem lá de cima o puto (que já não o é, entretanto) e à data e hora marcadas comparece na Conservatória dos Registos Centrais de Oeiras.

Primeira decepção: Tem o documento do Hospital onde nasceu?

Eu não, não mo foi pedido...

Aí, vai de aguardar porque a "Sotora saiu numa diligência externa", quando voltar irá decidir se podemos avançar ou não. Vá tomar um cafezinho e volte daqui a um bocado. (Não sei porquê, mas ou aquela funcionária ou aquela Conservatória têm algo a ver com o cafezinho do lado, pois não foi a primeira vez que foi sugerida a ideia de ir tomar um cafezinho).

Após o regresso da "Sotora", afinal não era só a sua decisão que era aguardada. Faltavam mais documentos, procuração da mãe em como o reconhece como filho (?), Cédula Pessoal e duas testemunhas...

Ok...

Tá bom...

Já agora (pelo sim pelo não) as testemunhas podem ser o irmão e a avó?

Resposta pronta da funcionária: São maiores?



Ah pois é!!!