JAMES BROWN & LUCIANO PAVAROTI na célebre canção Man's World.
TIRA-SE O ELEMENTO DA VULGARIDADE, MAS NÃO SE CONSEGUE TIRAR A VULGARIDADE DO ELEMENTO.
quinta-feira, setembro 24, 2009
terça-feira, setembro 22, 2009
domingo, setembro 20, 2009
SONCENT LAGOD NA ÁGA - MAIS FOTOS
We are drowning in rain, it is pouring into the house, all books are wet, as the water rushed over the book shelf, my rehearsal room is flooded, and the garden is a lake. Tthe town looks like Venice after the flood - and days before we were "pray...ing" for rain in this desert country where it almost never rains... but in a few days we will be ecstatic when the brown desert has turned green! Wait for next weekend!
Swami Swagato
quarta-feira, setembro 16, 2009
domingo, setembro 13, 2009
quinta-feira, setembro 10, 2009
' CAUSE UNITED BREAK GUITARS
O músico viajava num avião da United Airlines dentro dos Estados Unidos.
Com a costumeira delicadeza das companhias aéreas, a United partiu a sua guitarra.
O músico tentou de toda a maneira ser indemnizado, mas depois de várias tentativas desistiu (conhecemos isso...).
Como revanche fez um clip baratinho e colocou-o no YouTube.
Mais de 40 milhões de acessos. Virou hit!!!
Hoje a United Airlines quer de toda a maneira pagar o que ele quiser pra tirar o clip do ar...
Veja o clip aqui.
Com a costumeira delicadeza das companhias aéreas, a United partiu a sua guitarra.
O músico tentou de toda a maneira ser indemnizado, mas depois de várias tentativas desistiu (conhecemos isso...).
Como revanche fez um clip baratinho e colocou-o no YouTube.
Mais de 40 milhões de acessos. Virou hit!!!
Hoje a United Airlines quer de toda a maneira pagar o que ele quiser pra tirar o clip do ar...
Veja o clip aqui.
terça-feira, setembro 08, 2009
domingo, setembro 06, 2009
AH! RECORDAÇÕES...
Passados 6 meses e quase meio sobre o projecto "Casino Chaves" e a menos de 3 semanas para terminar o contrato, não podia deixar de partilhar as minhas emoções sentidas durante este período.
Numa primeira fase, foram 42 dias em Chaves, em serviço "a tempo inteiro", trabalhando de Domingo a Domingo num Casino que tanto tinha de grande como de diferente.
Numa sala que comporta 650 almas, raras foram as vezes que esteve cheia. Mas em contrapartida, o ambiente ali vivido entre os funcionários foi sempre bom.
Logo de início saltou à vista o sentido de profissionalismo, a descontração e a frontalidade do Nuno Gomes, Técnico de Som e responsável pela equipe técnica do Casino. Não ficando atrás o Daniel, Técnico de Luzes, também grande brincalhão que desde o princípio conquistou a minha amizade. The last but not the least, o Rui, embora muito preocupado com o negócio das tatoos, quando era para deitar as mãos ao trabalho no Casino, não havia igual.
No camarim a fazer a folha da SPA
Ao longo dos meses foram-se fazendo mais amizades, os empregados de mesa, os dos bares, o Chefe Jorge, Chefe de Sala, os porteiros, enfim, todos os funcionários dos vários sectores daquele empreendimento.
Tive noites para esquecer mas também tive-as memoráveis quer a solo, quer em trio com os colegas Jânio Barbosa e Jú Cabral, ou ainda com duas participações pontuais dos meus amigos e colegas desta vida, o Zé Afonso e o Lúcio Vieira.
Apanhei plateias comunicativas, interessadas. Mas tambem as houve sem um pingo de respeito. Mas não me queixo. São os ossos do ofício.
Fiquei a conhecer Chaves de uma ponta a outra, cidade pacata, relaxadora, simpática. Apanhei os hábitos chavenses, a bejeca num fim de tarde quente nas Caldas, a piscina, o bowling no fim do dia depois do trabalho. Sobretudo, o que mais me cativou foi a simpatia irradiante dos seus habitantes.
Embora ainda faltem três idas a Chaves em serviço, já me sinto nostálgico e ao que parece os amigos do Casino também.
Já se tornaram nossos fãs, ofereceram uma mascote, gesto esse que me tocou profundamente. Tratou-se de uma luva de borracha, cheia de ar e com uns desenhos feitos a caneta. Trazia ainda o seguinte escrito: "OFERTA DOS EMPREGADOS DE MESA DO CASINO, GRUPO DE FÃS DO TRIO". No conjunto, parecia-se com um amoroso pinguim que, infelizmente perdeu a forma devido ao facto do ar insuflado no dia anterior ter escoado. Não obstante, fizeram outro bonequinho da mesma forma e a esse não perdi a oportunidade de lhe fazer uma foto.
Enfim, tem sido uma experiência memorável, excelente para enriquecer o now how e o curriculum.
Depois disto, só o Destino sabe. Mas como estão outros projectos em negociação, quem sabe... Talvez outro Casino do mesmo grupo (Sol Verde), ou ainda um belo contrato em Angola...
Torçam por mim...
Paló, 06/09/09
quarta-feira, setembro 02, 2009
PARA QUEM ESTIVER INTERESSADO
Uma bela biblioteca digital, desenvolvida em software livre onde você pode gratuitamente:
· Ver as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci ;
· escutar músicas em MP3 de alta qualidade;
· Ler obras de Machado de Assis Ou a Divina Comédia;
· ter acesso às melhores historias e vídeos infantis;
· e muito mais....
Só de literatura portuguesa são 732 obras.
Aceda aqui.
· Ver as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci ;
· escutar músicas em MP3 de alta qualidade;
· Ler obras de Machado de Assis Ou a Divina Comédia;
· ter acesso às melhores historias e vídeos infantis;
· e muito mais....
Só de literatura portuguesa são 732 obras.
Aceda aqui.
terça-feira, setembro 01, 2009
ADEUS BIÚS.
Adeus Biús. O boémio partiu para sempre
12 Agosto 2009
Deixou-nos Biús, cancioneiro das noites de Mindelo. Não quis o destino que ele fosse tão longe na vida quanto na arte.
Coisas da vida. Uma vida curta, tortuosa, mas palpitante. Menino e moço, já cantava. Adulto, rumou para a América. Lá continuou a tocar e a cantar. Encontrei-o em Boston em 1993, um aceno de mão em direcção ao palco, mantenhas entre duas mornas.
Na América esqueceu Biús que o amor pode transformar-se num jogo de azar, perigoso e aleatório como a própria existência. Lá sofreu vicissitudes próprias de um artista sensível que ousou amar e perdeu. Adeus América, adeus família. Regresso brutal quanto ambíguo : contrafeito por deixar o lar americano, o trovador-boémio voltou sereno à terra-mãe que lhe abriu os braços, e disse: “aqui me tens de regresso!”
O povo das ilhas apreciou, e ninguém ousou perguntar: – partiu daqui tão contente, porque razão quer voltar? E pelas ilhas andou Biús - mais do que resignado, ainda mais contente do que partira. Violão ao peito, um grogue entre dois acordes, deixou-se embalar pelas noites musicais do Mindelo. Showman como poucos, dava gosto vê-lo e ouvi-lo, um charme irresistível rivalizando com um sentido de humor tipicamente mindelense.
E assim foi Biús esquecendo a longínqua América. Impossível porém esquecer a filha que deixou bebé e nunca mais voltou a ver desde 1996. Nas suas digressões musicais pela França, Holanda, Portugal, Biús sonhou com a outra banda do Atlântico, distante, inacessível. Kiara, 16 anos, uma pérola no coração de um pai atormentado, na carteira uma foto por prova. Kiara que mandou uma guitarra para Biús. Biús feliz, incontida ansiedade mesclada de orgulho : “Vamo-nos ver em breve”.
Deu-se esta conversa durante o nosso último encontro nos idos de junho, em Paris, seu fiel violão por companheiro. Vem daí comigo, disse-lhe, e fomos a um jantar musical entre amigos em Savigny-sur-Orge. O showman subjugou e deleitou os convivas numa espontânea prestação de alto nível. Uma noite memorável no qual não faltaram René Cabral, Mario Silva, Luis Lima... pena não ter sido gravada. Um whisky? Não, obrigado, nada de álcool forte. Eu agora, só vinho ou cerveja. No regresso, já dia claro, num falando-bocejando foi-me contando a sua excursão atlântica a cantar para turistas nórdicos num paquete de 12 andares, o mar lá em baixo a perder de vista até chegar ao Brasil. Vida de lorde entre devaneios d’América e tuninhas saltitantes. Mindelo é uma porta aberta ao mundo e a vida pode ser generosa.
Mas Biús amou mal a vida que, ingrata que fosse, lhe fez mercê e graça de algo que raramente dá ao comum dos mortais - fê-lo artista! - um dos mais profícuos da sua geração, um estilo próprio inspirado das noites boémias de Mindelo. Cheguei a confundi-lo com Gérard Mendes, amigo que o inspirou e que ele muito cantou.
Depois da soirée de Savigny, não voltei a vê-lo. Irrequieto como sempre, incapaz de se atardar no mesmo lugar, tal era Biús. Mochila às costas, um concerto aqui, uma noite cabo-verdiana acolá, andou por França, foi descendo até à Suíça ver as irmãs, subiu à Holanda, e falava em ir à Suécia. Peregrino sem rumo, sabias, meu amigo, que realizavas, a tua tournée de despedida? Regressaste às ilhas, um copo entre duas notas, depois dois, depois três, esquecendo - ou desprezando – o mal que te consumia. O boémio voltou novamente!
Para a tua última viagem, quiseste partir de Mindelo. Compreendo. Mas aos 43 anos!... Estava escrito, dirão uns. Viveu pouco mas viveu à sua maneira, dirão outros. Escrito ou não, mal avisado andaste, meu amigo, em virar as costas à Vida que te fez artista! Pior ainda em desafiá-la como ousaste fazê-lo. A Vida não suporta desprezo e ninguém sai incólume de um tal embate!
A notícia correu célere : o boémio partiu para sempre. Fiquei a saber que te chamavas José Mateus da Cruz, e pela primeira vez não te acompanhou o teu violão. Ildo Lobo, pensei! Dois destinos excepcionais cerceados na flor da idade. Fica a saudade do homem e do artista que não soube amar a Vida mas se dedicou de corpo e alma à melodia das ilhas. O povo das ilhas agradece. Vai com Deus.
David Leite
12 Agosto 2009
Deixou-nos Biús, cancioneiro das noites de Mindelo. Não quis o destino que ele fosse tão longe na vida quanto na arte.
Coisas da vida. Uma vida curta, tortuosa, mas palpitante. Menino e moço, já cantava. Adulto, rumou para a América. Lá continuou a tocar e a cantar. Encontrei-o em Boston em 1993, um aceno de mão em direcção ao palco, mantenhas entre duas mornas.
Na América esqueceu Biús que o amor pode transformar-se num jogo de azar, perigoso e aleatório como a própria existência. Lá sofreu vicissitudes próprias de um artista sensível que ousou amar e perdeu. Adeus América, adeus família. Regresso brutal quanto ambíguo : contrafeito por deixar o lar americano, o trovador-boémio voltou sereno à terra-mãe que lhe abriu os braços, e disse: “aqui me tens de regresso!”
O povo das ilhas apreciou, e ninguém ousou perguntar: – partiu daqui tão contente, porque razão quer voltar? E pelas ilhas andou Biús - mais do que resignado, ainda mais contente do que partira. Violão ao peito, um grogue entre dois acordes, deixou-se embalar pelas noites musicais do Mindelo. Showman como poucos, dava gosto vê-lo e ouvi-lo, um charme irresistível rivalizando com um sentido de humor tipicamente mindelense.
E assim foi Biús esquecendo a longínqua América. Impossível porém esquecer a filha que deixou bebé e nunca mais voltou a ver desde 1996. Nas suas digressões musicais pela França, Holanda, Portugal, Biús sonhou com a outra banda do Atlântico, distante, inacessível. Kiara, 16 anos, uma pérola no coração de um pai atormentado, na carteira uma foto por prova. Kiara que mandou uma guitarra para Biús. Biús feliz, incontida ansiedade mesclada de orgulho : “Vamo-nos ver em breve”.
Deu-se esta conversa durante o nosso último encontro nos idos de junho, em Paris, seu fiel violão por companheiro. Vem daí comigo, disse-lhe, e fomos a um jantar musical entre amigos em Savigny-sur-Orge. O showman subjugou e deleitou os convivas numa espontânea prestação de alto nível. Uma noite memorável no qual não faltaram René Cabral, Mario Silva, Luis Lima... pena não ter sido gravada. Um whisky? Não, obrigado, nada de álcool forte. Eu agora, só vinho ou cerveja. No regresso, já dia claro, num falando-bocejando foi-me contando a sua excursão atlântica a cantar para turistas nórdicos num paquete de 12 andares, o mar lá em baixo a perder de vista até chegar ao Brasil. Vida de lorde entre devaneios d’América e tuninhas saltitantes. Mindelo é uma porta aberta ao mundo e a vida pode ser generosa.
Mas Biús amou mal a vida que, ingrata que fosse, lhe fez mercê e graça de algo que raramente dá ao comum dos mortais - fê-lo artista! - um dos mais profícuos da sua geração, um estilo próprio inspirado das noites boémias de Mindelo. Cheguei a confundi-lo com Gérard Mendes, amigo que o inspirou e que ele muito cantou.
Depois da soirée de Savigny, não voltei a vê-lo. Irrequieto como sempre, incapaz de se atardar no mesmo lugar, tal era Biús. Mochila às costas, um concerto aqui, uma noite cabo-verdiana acolá, andou por França, foi descendo até à Suíça ver as irmãs, subiu à Holanda, e falava em ir à Suécia. Peregrino sem rumo, sabias, meu amigo, que realizavas, a tua tournée de despedida? Regressaste às ilhas, um copo entre duas notas, depois dois, depois três, esquecendo - ou desprezando – o mal que te consumia. O boémio voltou novamente!
Para a tua última viagem, quiseste partir de Mindelo. Compreendo. Mas aos 43 anos!... Estava escrito, dirão uns. Viveu pouco mas viveu à sua maneira, dirão outros. Escrito ou não, mal avisado andaste, meu amigo, em virar as costas à Vida que te fez artista! Pior ainda em desafiá-la como ousaste fazê-lo. A Vida não suporta desprezo e ninguém sai incólume de um tal embate!
A notícia correu célere : o boémio partiu para sempre. Fiquei a saber que te chamavas José Mateus da Cruz, e pela primeira vez não te acompanhou o teu violão. Ildo Lobo, pensei! Dois destinos excepcionais cerceados na flor da idade. Fica a saudade do homem e do artista que não soube amar a Vida mas se dedicou de corpo e alma à melodia das ilhas. O povo das ilhas agradece. Vai com Deus.
David Leite
Assinar:
Postagens (Atom)